Saio à rua de manhã e me deixo levar
Assisto à profusão de cores e de sons
Quem é essa multidão? Por que correr assim?
Ninguém aqui jamais será tão só como eu
Eu estou agora em outro tempo, outro lugar
longe de mim
Me vejo menina, num gramado
o sol bateu no vidro e então
a janela se desenhou no chão
A vida era longa
às vezes distante
era promessa
que não sei se cumpri
Meus olhos ainda
eram diamante
Já chorei à beça
de hoje em diante
viraram rubi
Saio das cores
Outra de mim
O vidro contra o chão
O sol na multidão
A rua que corre
Ninguém como eu
Manhã do tempo e então
Me desenhei nos sons
Nenhum comentário:
Postar um comentário