Me sinto uma acerola extremamente vermelha,
pulsante pendurada em uma árvore solitária
sem nenhuma outra na floresta inteira.
Sou a fruta que vê minhocas devorarem suas irmãs,
a fruta que vê a chuva e a lama chegarem,
a fruta que espera pra cair podre e que da vida
levou o ar porque da amizade e do amor
nunca soube realmente o que eram
É quase uma ironia lembrar a futura acerola podre
que ela ainda tem que viver o hoje pra estar no amanhã.
Sou uma acerola rastejando nos ponteiros
para a vida se apodrecer e logo passar.
Larissa Carvalho
Eu lírico.
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